segunda-feira, 27 de agosto de 2018

O enigma da flor que mata ou: Morte in progress ou: Acácia doi Egito



Quando fui ver as flores do sarcófago de Flora ou Nefertiti ou Mara ou Maria tive contato, visual ou por tato, com uma flor que me provocou um forte mal estar: uma vertigem que quase me levou a desmaiar: o mundo ficou escuro e comecei a perder os sentidos: por um triz não morri.

Fiquei com aquilo na cabeça e prometi retornar ao local para saber que flor tão perigosa é aquela

O jardineiro Eduardo, figura gentil, havia me dito que as flores ficariam no sarcófago até que morressem secassem...e que havia um tipo de espuma aquosa onde as flores haviam sido enfiadas e por isso elas não morreriam tão cedo.

Diante das explicações do spin jardineiro, resolvi voltar no nono dia ao sarcófago para identificar a planta que quase me matou, no entanto estava tudo limpo: as flores haviam sido removidas: perguntado, um jardineiro que estava no local, me disse que era regra remover as flores dos sarcófagos passados os 7 dias, de forma que, naquele momento, notei que seria difícil identificar a planta que me deu vertigem: uma planta coringa que, no caso, poderia estar em qualquer planta, uma substancia mortífera tipo a melusina medieval repousando sobre a superfície das coisas.

A este respeito, segue post...ao final, voltarei ao tema do ser misterioso, que me deu vertigem...

Sobre a melusina medieval, por Fabio Oliveira Ribeiro

Só uma coisa deve ter maravilhado mais os seres humanos primitivos que a descoberta de como fazer fogo e o empregar de maneira útil: a noção de tempo. Ser maravilhoso que nos contem e que a todos devora, o tempo existe fora dos homens e dentro deles, pode ser dividido, pode ser discursivamente flexionado para frente tanto quanto pode retroagir.
O tempo continua nos maravilhando e nos atormentando desde os primórdios. Aproveitemos o tempo que nos resta, diria um poeta romano. Poderemos saborear o tempo que ainda há de passar, dizem os modernos. Há o tempo da narrativa, o tempo da vida, o tempo da história, o tempo geológico, o tempo mítico e cosmogônico em que toda noção de tempo se desfaz. Não há tempo na eternidade. Havia tempo antes do Big Bang?
Nas estrelas azuis, gigantes que contém vários sóis como o nosso, o tempo não é o mesmo tempo que existe nas estrelas de neutrons ou nos buracos negros. O tempo no sol é diferente do tempo na terra, pois a matéria só existe como plasma e átomos são constantemente submetidos à fusão nuclear só a degradação de hidrogênio em hélio e a deste em outro elemento químico é constante. Nenhuma vida ou narrativa é possível onde a natureza é tão bruta que não pode gerar vida. Vida é coisa que o tempo solar gera a 8 minutos de distância à velocidade da luz. A constante alternância entre noite e dia certamente deu forneceu aos homens a primeira noção de tempo.
Mas não é do tempo que quero falar. Falo deste assunto, para entrar num outro. O assunto que me cativa é o maravilhoso. Os gregos viviam cercados de seres maravilhosos, que interferiam nas suas guerras e narrativas com uma naturalidade que nos causa estranhamento. Os bestiários medievais, contudo, provam que o cristianismo não foi capaz de substituir totalmente a fabulação pelo humanismo pregado no Monte das Oliveiras.
Um dos seres medievais maravilhosos que mais me cativa é a Melusina:
“A personagem Melusina surge na literatura latina, depois vernacular, da Idade Média no século XII e no início do século XIII. Entre o começo do século XIII e o fim do XIV, essa mulher-fada pouco a pouco adquire de preferência o nome Melusina, que a associa a uma grande família senhorial do oeste da França: os Lusignan. Em seu livro crítico sobre a corte de Henrique II da Inglaterra, De nugis curialium, o clérigo Gautier Map conta a história conta a história do jovem senhor Heno dos dentes grandes, que, em uma floresta normanda, encontra uma moça, muito bonita e vestida com roupas reais, em prantos. Ela se abre com ele, relatando que sobreviveu ao naufrágio do navio que a estava levando para a França, com cujo rei ela devia se casar. Heno e a bela desconhecida apaixonam-se, casam-se, e ela lhe dá uma belíssima progenitura. Porém, a mãe de Heno percebe que a jovem, que finge ser devota, evita o começo e o fim das missas, o rito de aspersão da água-benta e a comunhão. Intrigada, ela faz um buraco no quarto de sua nora e surpreende-a tomando banho em forma de dragão e depois retomando a sua forma humana. Informado por sua mãe, Heno traz um padre para aspergir sua mulher com água-benta. Ela pula em cima dos telhados e desaparece no ar guinchando intensamente. De Heno e sua mulher-dragão restará uma numerosa descendência ainda na época de Gautier Map.” (Heróis e maravilhas da Idade Média, Jacques Le Goff, editora Vozes, Petropolis, 2009, p. 185/186)
Um pouco adiante Jacques Le Goff afirma que Melusina:
“...ocupa um lugar de destaque no imaginário europeu proveniente da Idade Média, e isso graças a duas características. De um lado, ela combina o positivo e o negativo no interior das relações entre os seres humanos e sobrenaturais. Inicialmente fadas boas que trazem riqueza, filhos e felicidade aos humanos, as Melusinas acabam se tornando diabólicas. No século XVI, o famoso alquimista Paracelso legou à posteridade a seguinte imagem diabólica de Melusina: 'As melusinas são filhas de reis desesperados por causa de seus pecados. Satã sequestra-as e transforma-as em espectros'. A segunda característica é o fato de Melusina ser o elemento essencial de um casal. Ela se manifesta através de um amante-esposo e realiza perfeitamente o casal fada-cavalheiro, com seus sucessos e fracassos. Esta fada do feudalismo transmitiu ao imaginário europeu o sentido do sucesso e do fracasso da sociedade feudal e o dos riscos, a um prazo mais longo, da sociedade ocidental. Ela mostra que o cavaleiro de ontem e o capitalista de hoje proporcionam prestígio e êxito à sociedade ocidental, mas também tem um pacto com o diabo.” (Heróis e maravilhas da Idade Média, Jacques Le Goff, editora Vozes, Petropolis, 2009, p. 195/196)
São três as idéias que me cativam nesta história: primeiro a sedução e o casamento entre o homem e a Melusina; segundo o sucesso e o fracasso desta união entre um ser humano e um ser maravilhoso; terceiro, a inevitabilidade do estranhamento e do desmascaramento da farsante e suas consequencias.
Vivemos numa sociedade de consumo. Portanto, podemos dizer que a Melusina como que se incorpora em cada uma das mercadorias que se tornam objeto de desejo. O segredo do mercador moderno é transformar seu produto, qualquer que seja ele, em algo atraente e desprovido de paradigmas quanto a sedutora mulher-dragão medieval. O objetivo do mercado é burlar a racionalidade do consumidor, criando nele um desejo irresistível de unir-se à coisa como o infeliz Heno teve de casar com a Melusina. É inegavel que há algo de sexual e maravilhoso na relação entre este consumidor brasileiro e seu novo iPhone 6 http://g1.globo.com/tecnologia/noticia/2015/09/brasileiro-e-o-1-do-mundo-comprar-novo-iphone-6s-plus-zerei-vida.html?utm_source=facebook&utm_medium=social&utm_campaign=g1. Desfeita a mágica do momento em que o consumidor se casou com seu novo iPhone 6 (pela obsolescência programada da mercadoria, pelo lançamento de um novo modelo, etc…), o que era fonte de prestígio e felicidade desaparece e o dragão foge pela janela para se incorporar em uma nova mercadoria.
Estamos totalmente mergulhados num mundo melusínico. Portanto, precisamos tomar cuidado com o que desejamos. Não porque consumir seja em si um mal, mas porque podemos nos tornar símbolos de uma nova Idade Média. A euforia do brasileiro que se tornou o primeiro comprador do iPhone 6 é evidente. Ele crê que entrou para a história. Mal sabe como os historiadores podem maltratá-lo daqui a um ou dois séculos. O casamento dele com seu iPhone-melusina apenas começou. Daqui um ano ou menos o dragão que habita seu aparelho o abandonará e ele já terá sido esquecido pela imprensa.  


https://jornalggn.com.br/blog/fabio-de-oliveira-ribeiro/o-iphone-6-e-a-melusina-medieval-por-fabio-de-oliveira-ribeiro

Que entidade é essa denominada ACÁCIA?

dEpois de constatar que as flores haviam sido removidas, senti o golpe: como investigar que planta me deu vertigem ao tocá-la ou vê-la, se as flores que repousavam no sarcófago haviam sido removidas...e mais: todos os sarcófagos haviam se tornado iguais...então sai à procura da planta maldita e deparei-me com o nome Acácia escrito numa coroa de flores que repousava num sarcófago...tirei foto:

Vou procurar....no momento são 7>41horas

Agora são 7.42h

Sobre acácias

Foto que ilustra o post
https://pt.depositphotos.com/141225072/stock-illustration-wreath-of-yellow-acacia-flowers.html


Floricultura com o nome de acácia
https://www.floriculturacemiterio.com.br/sao-paulo/floricultura-cemiterio-das-acacias-endereco-telefone/


Resultado de busca para coroa de flores com acácia

https://www.google.com.br/search?q=coroa+de+flores+com+ac%C3%A1cia&tbm=isch&tbo=u&source=univ&sa=X&ved=2ahUKEwioxsL1hY3dAhWDI5AKHVKqDKQQsAR6BAgGEAE&biw=1366&bih=631#imgrc=bBc91v4UdBDaxM:


Acácia, a morte in progress

[Bot.]-Acácia-do-egito ou acácia-egípcia é o nome popular de uma árvore da família das fabáceas(VIDE), nativa da África que pode suportar ambientes muito secos. Suas folhas e frutos podem serem venenosos se consumidos em grande quantidade. Sua madeira já era usada em construções no antigo Egito.
O nome científico desta espécie é Acacia nilotica.


Acácia Mimosa em Flor

Árvore sagrada na antiguidade

Acácia, em grego, akakia, significa inocência ou pureza. Além de ser símbolo da iniciação para uma vida nova, simboliza a imortalidade da alma.


Encontrei inúmeras destas árvores há dias, na estrada que leva a Mirandela, quando procurava amendoeiras em flor. A beleza das mimosas floridas prenunciava a chegada da primavera.


Na antiguidade, a acácia era considerada o símbolo do sol, tanto pelas suas folhas, que ao amanhecer se abrem à luz solar, como pelas suas flores, em forma de bolas de ouro.


  
No Egito dos faraós,  a madeira das acácias, pela sua dureza e incorruptibilidade, não sofrendo ataque de insetos, era usada para a produção de sarcófagos e artigos sagrados. A cola dos ramos e tronco, conhecida pelo nome de goma-arábica, era usada nas cerimónias de mumificação.


Entre os judeus, a acácia ou madeira de setim, como refere a Bíblia, tinha usos sagrados, antes de ser substituída pelo cedro e pelo cipreste. Foi com a sua madeira, por ser resistente à putrefação, provocada pela humidade, que os hebreus fizeram o Tabernáculo, a Arca da Aliança, a mesa dos pães propiciais e o altar dos holocaustos.



De acordo com uma tradição iniciática, a acácia está associada à lenda de  Hiram Abif, arquiteto do Templo de Salomão, assassinado por três companheiros. Uma das versões da lenda diz que a acácia simboliza a ressurreição do mestre, porque do seu corpo, enterrado no Monte Moriah, brotou um ramo dessa planta.



Outra lenda, no cristianismo, diz que a madeira de acácia foi usada na confeção da cruz em que Jesus foi executado. Especula-se que a coroa de espinhos seria feita de um ramo de acácia do Egito, variedade espinhosa.



Há centenas de variedades de acácias em todo o mundo. A que se encontra espalhada por Trás-os-Montes, na Terra Quente, em particular, é a acácia dealbata ou mimosa.


Para terminar...

Ela é tão linda é tão bela
Aquela acácia amarela 
Que a minha casa tem
Aquela casa direita
Que é tão justa e perfeita
Onde eu me sinto tão bem
                                              Luís Gonzaga, Rei do Baião 


https://ferradodecabroes.blogspot.com/search?q=ac%C3%A1cia

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https://www.multivu.com/players/pt/8051551-acacia-gum-southern-sahel-countries/

Da Acácia do Senegal é extraída uma Goma, que vem sendo usada por alguns Cosméticos para pele ou para Cabelos.
Da resina, extraída desta árvore, é produzido o Colágeno Vegetal, rico em Oligossacarídeos, Arabinogalactan, Aminoácidos e Proteínas de alto peso molecular. Os polissacarídeos e aminoácidos derivados da Acácia, do Senegal, apresentam uma estrutura com propriedades semelhantes as do colágeno animal.
Na pele e cabelos, esse Colágeno Vegetal forma um filme protetor, hidratante, estimula a produção de Fatores de Crescimento Celular. Além disso, promove elasticidade dos fios capilares e controla o efeito frizz.
Nós trabalhamos com um produto para a Pele e um Shampoo Capilar, com extrato de Acácia do Senegal




https://pt.wikipedia.org/wiki/Goma-ar%C3%A1bica

A partir de agora começa uma nova live ou sequência ou deriva


Me lembrei da resina do angico, que amo, adoro resina de angico...tempos atrás, fui ao velório do Fabrico, no Setor Maysa, em Trindade....e ai se nos apresentou um belo pé de angico branco....vou la depois para tirar foto...me lembro do nome da rua: Aliança do Norte....e fica de frente a um templo neopentecostal onde velamos o corpo de Fabrício antes de ser levado ao sarcorfago todo em em madeira acácia, no cemitério central de Trindade....
...lindo estava aquele pé de angico  todo coberto de flores....e me alimentei com as resinas que ilustravam o caule....




https://www.cepdo.com.br/goias/trindade/setor-maysa/avenida-conceicao-do-norte/




Trocar os termos masculinidade tóxica...masculinidade ou macho ou homem ou mulher ou objeto tóxico....





No momento são 12:12 horas....eu queria tanto ir a Aliança do Norte, no Maysa, é tempo de resina,,,vai que aquela árvore está estrelada de resina....da semente fazem drogas, o mesmo que brota do sapo...eu que não preciso de drogar me matar me .... já viajo horrores sem qualquer suporte químico: basta que eu feche os olhos que o portal do céu se nos apresenta né...


Vixi, atrasado pro trampo...não posso ir ao pé de resina, pelo menos agora não posso, isso por causa da minha luta pela sobrevivência....


Fui...



"Asa-Branca é uma canção de choro regional (popularmente conhecido como baião) de autoria da dupla Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, composta em 3 de março de 1947. E que permanece lembrada até os dias de hoje." (Breno Alves)



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https://www.youtube.com/channel/UCag0pF_yuKx1je4pp3fv8zg


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